Exercitar o raciocínio clínico: habilidade fundamental do médico. Sem esta habilidade o diagnóstico se torna tarefa quase impossível. Explorar a sintomatologia apresentada pelo paciente, listar os problemas e hipóteses diagnósticas, montar um retrato (ou esquema) dos sinais, exames e outros fatores que fortalecem ou enfraquecem cada uma dessas hipóteses e associá-las à lista de problemas daquele paciente idoso obtida com a investigação geriátrica ampla.⠀
Se o raciocínio clínico do médico for inadequado, a abordagem proposta também será.⠀
Assim como o diagnóstico principal, os diagnósticos diferenciais devem receber cuidados importantes, a fim de realizarmos a sua exclusão de forma segura, projetando um diagnóstico preciso e embasado, otimizando o tratamento. Uma vez confirmada a hipótese, segue-se com o planejamento e a resolução dos problemas e demandas apresentadas pelo paciente.⠀
Na faculdade de medicina, um dos papeis que me foram mais caros (no sentido de querido e de árduo, rs) foi o de participar do grupo de raciocínio clínico do professor Mário Lopes, mestre de medicina intensiva e de semiologia (estudo dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente e sua relação com as diversas doenças) e autor de alguns dos livros mais importantes usados em nossa formação médica, àquela época, na Universidade Federal de Minas Gerais.⠀
Hoje, na função de médica, o raciocínio clínico é uma das atividades mais detalhadas, responsáveis, árduas e queridas da minha rotina – ou seja, novamente um papel muito caro! E, acima de tudo, imprescindível. ⠀
Seja muito bem-vindo ao meu blog. Um espaço onde compartilho todo o meu conhecimento sobre o universo da terceira idade. Fonte de inspiração para bem cuidar de um idoso. Boa leitura.