O que é bem-estar para um pode não ser para o outro. Conto para vocês um exemplo a mim dado por uma amiga psicóloga: na sua sala há uma luz de cobre que lembra a cor e a luminosidade do sol. Assim, ela se sente segura e aconchegada. Ela se sente bem com isso, mas talvez outra pessoa que vá a sua casa não sinta a mesma coisa. Porque essa sensação muda de acordo com a pessoa. É importante cada um olhar para si, a fim de entender o que faz bem a si mesmo.
Então, bem-estar é essa conexão com você mesmo, é entender e sentir o que seu corpo e espírito precisam para se sentir bem: música, luz, sol, coisas simples que alimentam você.
Autocuidado é manter por perto o conjunto de coisas que nos trazem bem-estar. Praticamos o autocuidado dando atenção a nós mesmos, tendo auto responsabilidade de cultivar o que traz equilíbrio para nosso corpo e mente.
Pratique o autocuidado. Veja o poder e importância da alimentação, da arte, da higiene, de exercícios físicos, e sempre se lembre do olhar introspectivo. Adicione a esses cuidados coisas que TE fazem bem, como a leitura de um livro.
Diante desse momento delicado, de transformação dos nossos hábitos, de limitação de convivência, precisamos buscar as coisas simples relacionadas ao nosso autocuidado diário (alimentação, higiene, sono, leitura, oração), e práticas que nos ajudem a sair dos nossos momentos de tristeza e ansiedade, como buscar nossas memórias boas, buscar ajuda familiar e, algumas vezes, até profissional.
Profissional, sim. Temos que ter a coragem e a humildade de reconhecer que algumas vezes, mesmo com todos esses cuidados, não damos conta de nossas emoções, e essa é a hora de buscarmos ajuda profissional, como a de um terapeuta, e algumas vezes até de medicamentos – sempre prescritos pelo seu médico.
Escreva todos os seus bons momentos em pedaços de papéis e guarde dentro de uma caixa: essa é uma sugestão para o autocuidado. Você pode fazer uma caixinha real, de gratidão, com todos os momentos bons que já viveu. E pode também colocar orações ou frases. Nos momentos de angústia, leia esses papéis. É uma forma de nos lembrarmos que é só um momento. Funciona como um “lugar seguro”, sua caixinha de primeiros socorros emocionais.
Quando os pensamentos ruins começarem a dominar sua mente, terá essa espécie de refúgio.
É fundamental nesse momento a seleção de informações, como o que você assiste na televisão, o que recebe e envia no Whatsapp e o que consome nas redes sociais ou em outros meios de comunicação. É importante estarmos atentos aos acontecimentos do mundo, mas se eles são incertos, ambíguos, duvidosos ou em grande quantidade podem ser prejudiciais. Além disso, há o constante risco de “fake news”- já falei sobre elas e sobre como identificá-las em outro post. Por tudo isso, é importante ficarmos atentos a esse consumo. É preciso selecionar as informações que IMPORTAM diretamente para direcionar nossas ações, para o crescimento nosso e das pessoas com as quais convivemos. Apenas essas devemos IM-PORTAR para dentro de nós. Quando você entra em uma biblioteca, lê todos os livros? Não. Lê apenas aqueles que vão te ajudar naquele momento. Esse processo de seleção, de organização, exposição e interpretação dos conhecimentos e das obras de arte é chamado curatela. A curatela é feita pelo curador. Curador também é aquele que cura. E é isso que a seleção da informação vai fazer conosco: ajudar a curar. No nosso momento atual, isso é de extrema importância. SOBRE O QUE PENSAR NESSE MOMENTO ATUAL, de pandemia e de coronavirus, também escrevi um outro post que vale a pena ler .
O luto precisa de expressão, precisa ser vivenciado, e os rituais ajudam nisso. Hoje, a pandemia exige que repensemos os velórios habituais. E isso é bom. Porque eles podem ter muito mais significado e serem mais transformadores do que um evento formal. Eles são permeados por lembranças, homenagens, encontros, músicas, legados e memórias que precisam ser vivenciados e explorados. E isso pode ser feito, inclusive, por vídeo conferência, nas mais diversas formas. Um outro ritual saudável para trabalhar essa passagem (e viável para ser praticado no atual momento de pandemia) é escrever uma carta com todos os momentos bons que você já teve com aquela pessoa, depois queimar e colocar como adubo em uma planta, para então este momento renascer com outro significado.
Por fim, saiba o que é e pratique a resiliência: a capacidade de se adaptar e retornar ao seu equilíbrio mesmo diante das situações mais difíceis.
E nessa volta para o estado de equilíbrio sempre temos a chance de voltar de uma forma melhor, expandidos e evoluídos. E normalmente, quando voltamos, voltamos assim; trazendo aprendizados e novos caminhos a partir daqueles momentos ruins.
Fique bem e concentre-se em você para passar bem por esse momento de pandemia e para envelhecer bem.
Seja muito bem-vindo ao meu blog. Um espaço onde compartilho todo o meu conhecimento sobre o universo da terceira idade. Fonte de inspiração para bem cuidar de um idoso. Boa leitura.