Você sabe a diferença entre atividade física e exercício físico?

Mantenha-se ativo!

Quer um investimento em saúde para promover longevidade e para envelhecer com qualidade de vida?

Atividade e exercício físico.

A atividade física é qualquer movimento realizado de forma não programada e que gera um gasto calórico. Fazem parte deste universo as atividades que fazemos em nosso dia, de forma rotineira, como os serviços de casa, caminhadas para o trabalho e/ou supermercado, subir escadas do prédio etc.

Exercício físico é um conjunto de atividades estruturadas e previamente planejadas que se destinam a aprimorar o condicionamento e a aptidão física do indivíduo. Estas são praticadas de forma repetitiva e devem contar com a supervisão de um profissional capacitado, para que ele possa determinar a intensidade ideal, a duração, a postura correta, as cargas e os objetivos de acordo com o perfil e o estado físico de cada indivíduo.  

Dentre os exemplos de exercícios físicos, estão natação, corrida, ginástica artística, dança, musculação, artes marciais, hidroginástica, futebol, vôlei, dentre outras modalidades esportivas. Tendo em mente esses dois conceitos e suas respectivas considerações, entenda que, para haver um envelhecimento de forma saudável, a prática isolada de qualquer atividade física não elimina a necessidade de se praticar adicionalmente alguma modalidade de exercício físico. Sobretudo quando a prática de algum destes for devidamente indicada por um especialista.

Alterações ao envelhecer…

O processo de envelhecimento envolve um conjunto de alterações biológicas, funcionais e intelectuais que ocorrem de forma natural, dinâmica, progressiva e irreversível. Muitas vezes este processo pode ser agravado, sobretudo quando acompanhado de inatividade física e sedentarismo, gerando um ciclo vicioso constante composto por envelhecimento, inatividade, descondicionamento físico, fragilidade muscular, perda de autonomia, baixa de autoestima, ansiedade e depressão. A longo prazo, isso tudo gera um declínio na capacidade funcional do indivíduo com um consequente quadro de dependência.

A capacidade funcional

A capacidade funcional, por sua vez, consiste na possibilidade de execução de atividades (ordinárias ou inesperadas) do dia a dia, de forma segura e eficaz, sem cansaço excessivo. Essa capacidade é composta por seis componentes: resistência, força, agilidade, equilíbrio, flexibilidade, coordenação motora e resistência aeróbica – e o nível de cada um deles é fundamental para o sucesso ou fracasso das atividades de vida diária (AVDs) do idoso. Nesse sentido, diferentes protocolos de exercício físico vêm sendo desenvolvidos com idosos e avaliados de forma isolada, com o intuito de investigar quais poderiam proporcionar maiores benefícios para a capacidade funcional e para cada objetivo específico. Lembre-se que cada modalidade de exercício é composta por princípios específicos e trabalha de forma diferente com esses seis componentes da capacidade funcional.

Não faço exercícios, mas sou muito ativo!

Em estudos que compararam força muscular e capacidade funcional em idosos praticantes de musculação, praticantes de hidroginástica e não praticantes de exercício físico, concluiu-se que a força nos membros inferiores do grupo praticante de musculação era maior que a do grupo praticante de hidroginástica (e, é óbvio, do não praticante). Em resumo: a musculação é mais específica para desenvolver força muscular. E os que não praticam nada???? Os estudos mostraram que, mesmo sem realizar exercícios físicos,  manter um estilo de vida ativo permite melhor manutenção de funções locomotoras e cardiovasculares, minimizando os efeitos de desuso e de doenças crônicas, que tanto contribuem para incapacidades na execução de atividades de vida diária (ou seja, para dependência de outras pessoas). 

A força muscular

            A capacidade de força muscular é fundamental para o idoso na realização de atividades diárias e de atividades de lazer ou trabalho. Por isso, um treinamento de força supervisionado e adaptado para cada indivíduo impacta em várias mudanças relevantes para uma melhor qualidade de vida e saúde. Posso citar o aumento da força, aumento da massa muscular, melhora na densidade mineral óssea, melhora da flexibilidade, minimização de alterações posturais e do eixo de equilíbrio, redução nos riscos de quedas e melhora do condicionamento físico. Sabe a consequência? Maior aptidão física e capacidade para realizar atividades cotidianas de forma independente.

Avalie sua capacidade funcional!

Por esses e outros motivos é que o geriatra avalia o idoso de forma ampla – e reavalia a cada consulta – verificando sua força muscular, equilíbrio, marcha e capacidade de realizar as atividades diárias. Portanto, se você quer envelhecer bem: fique ativo, faça exercícios físicos e procure um geriatra!

Envelhecer bem

E, se você quiser saber mais sobre a importância da atividade física para chegar bem ao futuro (que tal quando completar 100 anos?), dê uma olhada no curso “Envelhecer bem” ou “Como ir mais longeVO” . Entenda como nesse link .

“Envelhecer bem” foi desenvolvido por profissionais da área da saúde que:

  • Têm conhecimento e experiência em suas respectivas áreas,
  • Estudaram e tiveram muitas vivências com o envelhecer,
  • Diversas vezes se depararam com casos que trouxeram grande conhecimento!

Não perca essa chance, a não ser que você não queira:

  • caminhar pela praia aos 90 anos…
  • trocar beijos com seus netos aos 95…
  • ou fazer uma festa para comemorar bem os 100 anos!

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BIBLIOGRAFIA:

KALAPOTHARAKOS, V. I.; DIAMANTOPOULOS, K.; TOKMAKIDIS, S. P. Effects of resistance training and detraining on muscle strength and functional performance of older adults aged 80 to 88 years. Aging – Clinical and Experimental Research, Milano, v. 22, no. 2, p.134-140, 2010.

Costa ICP, Lopes MEL, Andrade CG, Duarte MCS, Da Costa KC, Zaccara AL . Fatores de risco de quedas em idosos: produção científica em periódicos online no âmbito da saúde. Rev Bras Ciênc Saúde 2012;16(3):445-52.

Da Silva TCL, Costa EC, Guerra RO. Resistência aeróbia e força de membros inferiores de idosos praticantes e não-praticantes de ginástica recreativa em um centro de convivência. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(3):535-42.

Seja muito bem-vindo ao meu blog. Um espaço onde compartilho todo o meu conhecimento sobre o universo da terceira idade. Fonte de inspiração para bem cuidar de um idoso. Boa leitura. 

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Dra. Cláudia Caciquinho

CRMMG – 36590

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