Caetano (81), Ney Matogrosso (82), Paul McCartney (81).
O show do Paul durou quase 3 horas, e ele segurou firme! Tocou uns 10 instrumentos diferentes, não fez intervalo, não demonstrou cansaço, não bebeu água, dançou um pouco e ainda foi simpático em português.
Mas o que estes profissionais com tantos anos de experiência têm em comum para chegarem tão longe e tão bem?
Fui buscar EM ENTRELINHAS de entrevistas, e achei algumas pistas:
Genética – a mãe do Ney tem 101 anos. Dona Canô faleceu com 105.
Atividade física:
Caetano, após ser infectado por COVID pela 2 vez, retomou as atividades físicas com um personal, na academia, com esteira, exercício dos membros superiores e inferiores e série de abdominais.
Ney rebola no palco até hoje, com uma elasticidade de poucos: “faço ginástica diariamente, Gosto de pegar peso, mas não é para ficar forte, é para manter o tônus muscular, faço agachamento, pulo – as pessoas não acreditam.”
Paul faz ginástica, meditação e ioga, e recentemente publicou uma foto na postura invertida de cabeça (bem difícil, eu só consegui fazer uma vez até hoje)! “Eu faço um pouco de exercício, mas não malhação pesada.”
Alimentar-se bem:
Ney: “como muito pouco, não gosto de açúcar, não gosto de refrigerante, de enlatado. Saio da refeição sempre leve.”
Paul: “Sou vegetariano. “
Caetano: “Eu adorava tomar milkshake de chocolate, mas estou numa dieta que me proíbe”. Que dieta é? Ele não fala.. Mas a gente já vê que tem restrição em carb.
Ter paixões:
Caetano fez uma turnê com os filhos, e o show de 80 anos tocando junto com a família.
Paul se dedica a causas em que acredita, como o projeto Meat Free Monday (segunda-feira sem carne), e se esforça para ser presente como pai, avô (são 8 netos) e marido. “Eu tenho romance na minha vida. Acho que tem muito a ver com isso. É uma coisa boa, uma boa mulher.”
Olha que o sexo também faz parte:
“Fico ‘sai da minha cabeça, sai da minha cabeça’ (risos). Sinto falta de um corpo encostando no meu. Não tem como, né? Não sou louco.” (Ney)
Amar o que faz:
Caetano: “Música é bom e eu gostaria de ter mais talento. Só para aumentar o prazer”.
Paul: “Se alguém não gosta do emprego e vai atrás da aposentadoria, eu entendo. Tenho a sorte de o meu trabalho ser o meu hobby; então eu continuaria tocando mesmo que estivesse aposentado.” “Acho importante estar presente na passagem de som ao lado da banda, porque isso nos dá química. O grande segredo é que amo subir no palco.”
Valorizar sua experiência de vida:
Caetano citou todas as suas bandas anteriores, ao longo do show.
Paul cantou músicas dos Beatles, tocou uma guitarra histórica e cantou músicas para os ex colegas da banda e para a ex esposa.
Projetos: Não parar, aprender sempre, inovar… mas fazer com mais “calma” e prazer.
Integrar conhecimento com profissionais mais novos de forma a não se “atrasar” em relação às novas tecnologias. No show, Paul fez um dueto com John Lenon através de IA.
Nas entrevistas recentes, os três falam sobre a manutenção da atividades, com redução do estresse, no momento atual de suas vidas.
E Paul encerrou o show dizendo “obrigada BH, até o próximo!”
… eu vou no próximo! E você?