Em 2023 tivemos importantes avanços no tratamento da Doença de Alzheimer. Até então, nós dispúnhamos de tratamento apenas para os sintomas da DA. Mas há uma série de pesquisas tentando desenvolver medicamentos que consigam impedir sua progressão. E agora começam a ser disponibilizadas drogas que podem tratá-la na fase inicial, retendo a progressão da demência em pessoas com doença de Alzheimer sintomática precoce.
Aparecem evidências científicas de que a remoção completa do beta-amilóide do cérebro esteja associada a uma desaceleração significativa da progressão da doença em pessoas que vivem com Alzheimer precoce. São benefícios reais e significativos, dando às pessoas mais tempo para participar da vida diária, permanecer independentes e tomar decisões futuras sobre cuidados de saúde.
Mas ainda há efeitos colaterais: edema e hemorragia cerebral, que podem ser graves. E o custo é muito alto: um ano de tratamento com o Levequi fica em 26.500 dólares.
Há dúvidas quanto ao fato de os benefícios clínicos justificarem o custo e os possíveis efeitos adversos do medicamento. Os pacientes que vivem com uma doença fatal e suas famílias devem sempre conversar com seus médicos para desenvolver um plano de tratamento adequado para eles, incluindo a avaliação dos benefícios e riscos das terapias aprovadas.
O fato é que demos um passo a frente no tratamento da doença. E agora temos 2 opções de tratamento para a fase inicial da doença de Alzheimer: Lecamab e donanemab. Ambos ainda com muitos efeitos adversos e sem efeito conhecido a longo prazo (e se a doença voltar acelerada?!)… qual é melhor, menos caro, mais seguro e fácil de usar… será o próximo tema em 2024… um futuro bem próximo.
Muito a aprender ainda, mas temos um caminho.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos!